Por: Alexandre Monteiro da Silva, Arthur dos Santos Souza, Carolina Arruda Botelho Klocker, Daniel Bonin Barreto, Marcus Vinícius do Nascimento, Murilo Prado Cleto, Nádia Aparecida Camargo, Rachel Aparecida dos Santos e Regina Celia Negrão Machado. Revisão: Sonia Regina Bueno. Fotografias: Claro Jansson, Gabriella Ospedal e Sérgio Cleto Jr. Pintura: Rosalina Maria Fernandes.
O presente trabalho, organizado pela Associação Cânions Paulistas, é uma iniciativa inédita que tem por finalidade levantar os diferentes aspectos relevantes para a preservação, restauração e gestão social do Parque Ferroviário de Itararé devido a sua importância histórica, urbanística, arquitetônica, econômica, ambiental, turística e educativa.
Pretende-se em cada capítulo elencar uma série de argumentos técnicos e afetivos sobre o recinto ferroviário, seu conjunto de edificações, memórias e vocações nele contidas a fim de evidenciar a necessidade de torná-lo não apenas patrimônio municipal, mas também estadual e nacional.
Os anexos aqui contidos, entrevistas com os ferroviários e o relato pessoal de uma passageira, somam-se aos ensaios e reforçam o desejo da sociedade itarareense em transformar o vazio urbano no centro da cidade, em um parque público, cujas construções abriguem atividades artísticas, educativas e práticas esportivas e lúdicas.
Ao final do dossiê, um retrato de Itararé em 1930, período em que a estação de trens de Itararé ficou sitiada por militares, de um lado pelas tropas que vinham do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, ao lado de Getúlio Vargas e, do outro, as tropas de Minas Gerais e São Paulo em apoio ao governo do presidente Washington Luís. Acompanham o ensaio as fotografias de Claro Jansson.
Este dossiê foi realizado a partir do esforço coletivo de seus autores e tem por objetivo induzir a uma série de conversas com o poder executivo, legislativo, empresários e sociedade em geral, para que possa ser iniciado um projeto inclusivo e democrático de um espaço público aberto às demandas da comunidade.